segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O encantamento

Segunda Postagem

O encantamento

Eu estou escrevendo meio resumido, mas a importância disso tudo é lembrar os detalhes e de como tudo aconteceu, que não quero que isso deixe de ser registrado foi muito interessante minha vida nesses anos.

Olha dizem que os EUA é o melhor país para se morar. E realmente, puxa vida, que lugar irado, velho cheguei em NYC, meu que aeroporto imenso, via mar, manhattan, muito louco tudo aquilo. De lá o que mais impressionava eram os Elevados, cara, que loucura, vc saia do aeroporto sinceramente aquilo tava a uhns 40 metros de altura o hangar principal, você saia de lá eram um mundo de elevados que davam acesso ao aeroporto uma loucura, eu olhava para baixo via 3 níveis de pista, uma lá em baixo pista duplicada uma no meio pista triplicada e a minha que era uma via apenas elevada com uma mão apenas, e lá há uhns 200metros tinha o outro sentido, e aquele mundo de carro. Aquilo me deixou louco.
Caralho esse lugar é muito massa. Bom então viajamos por aproximadamente 3 horas até Connecticut, é mais ou menos a distância de Goiânia a Brasília um pouco mais longe. O maneiro, era a 195, pistas triplicadas por cerca de 230km nunca tinha visto uma diversidade tão imensa de veículos, era incrível, nenhum carro repetia o outro. Todos eram diferentes, aquilo demonstrava o poder econômico que aquele país tinha. INCRÍVEL, a partir daí me fez despertar o interesse por entender toda aquela dinâmica. Estava eu no segundo centro econômico mais importante dos EUA e com certeza o segundo centro econômico mais importante de mundo. Então, eu tinha chegado na metade de dezembro mais ou menos, isso me deu tempo suficiente para conhecer alguns lugares lá. Então, eu fui conhecer vários lugares, viajei por Connecticut conheci Heaven uma cidade onde ficava a universidade de Yale. Meu que loucura... cara pirante os museus a universidade tudo muito louco, depois desse fim de semana lá. Eu fui para casa de uma tia minha que já morava lá a uhns 2 anos. Lá eu comecei a viajar junto com o marido dela, um cara muito louco lunático, mas gente boa. Sabe o que eu observei, que os americanos não conseguiam explorar os imigrantes economicamente, então havia toda uma exploração econômica entre os imigrantes, ele certamente tinha um trabalho, ele importava CDs brasileiros e fornecia para as lojas brasileiras, viajavam cerca de 400-600 km por dia entregando CDs e ao mesmo tempo minha tia, estava começando um negócio de tele mensagem, então ele distribuía os cartões de tele mensagens nas lojas e padarias de brasileiros e imigrantes latino-americanos. Esse negócio deu tão certo que até hoje minha tia está com ele, sobrevivendo disso, a lógica é bem simples “todos tem vínculos com seus países, então precisam ligar, enviar mensagem de saudade, para seus parentes no seu país de origem”. Outra coisa interessante era que, todas as cidades e vilas pequenas cidades a beira da rodovia possuíam lagos, e rios, e o melhor tudo preservado, nada tinha sido destruído e não se poluía seus rios, não se via “pobreza como aqui”, eu pensava cara esse país é uma loucura.
Mas como todo imigrante (diria vítima) passa por esse processo que passei, talvez alguns fiquem no meio dele, mas ele se resume em três etapas. O encantamento, a insistência e o descontentamento tardio. Ao longo desses capítulos que contarão resumidamente meus últimos seis anos de vida irei explicar como esse processo desenvolve.
Bom até então estive em contato apenas com comunidades brasileiras, o único americano que conhecia era o namorado da minha mãe, meu inglês era pouco desenvolvido ainda, eu podia entender a maioria das coisas, mas a insegurança não deixava ele prosperar.
Depois de alguns dias, fomos pra cidade onde eu iria morar com minha mãe, irmã e uma amiga dela o qual a batisei de minha 3ª mãe, hoje lembro da Magda e recordo tanta paciência que essa mulher tinha.
Meu primeiro dia na Escola, puta merda eu tava com um medo de começar no 1º ano, cheguei lá, eles disseram olha pela sua idade e sabemos que o ensino no Brasil é bem mais avançado, vamos coloca-lo no 3º ano. CARAMBA QUE FELICIDADE ahuaheuhaeuhahueh.... do 1º ano reprovado no Brasil pro 3º ano, mas lembre-se pros desinformados que o 2º grau nos eua são 4 anos letivos, então, se eu continua-se em 1 ano e meio estaria formado ;D.
Bom pra mim isso foi uma motivação imensa... huhu burlei uma tragetória tão comum na vida de tantos. Mas não seria fácil, bom no início foi foda, mas depois... minha opinião a respeito do ensino nos eua se resume a uma pequena fraze “é uma escola pra retardados” de tão fácil que era.
Vou apenas explorar muito pouco dessa faze da minha vida, porque nela não foi muito legal, acho que vou contar algumas coisas, e depois vou explorar o que eu observei no comportamento dos estudantes de lá. Caramba espantoso! Huuhuh muito legal kra!
Como de fato, inglês pra mim era um desafio, não tão difícil tinha uma expert em casa minha mãe estava estudando MBA International Trade em uma universidade boa a 200km de lá, então ela sakava inglês de mais, só que o problema é que ela não parava muito em casa, vivia trabalhando muito estudando muito e coitada, não eram fáceis as coisas pra ela.
Minha primeira amizade foi com uma galera brasileira, me enturmei com eles. Não tinha com quem inturmar... bom, o que percebi é que tinham dois grupos um de crentes, que odiavam o que eu participava, e o q eu participava, tinha umas pessoas boas, mas a sua maioria, meu eram uhns caras muito loucos, a parada deles era pegação, fumar um, sair beber e fazer muita zuera... estudar nem pensar... kakakak vou começar a introduzir o comportamento receptivo dos americanos.

Minha primeira Aula. Chemestry Class, with Mr. Z. cara o nome dele era muito complicado, mas foi o professor que eu mais gostei. Então né, eu diante do desespero filho da puta, não entendia muito estava no segundo semestre, precisava ligeiramente aprender inglês e saber ao menos fazer uma prova e tirar um B... ou talvez um C pra passar... Tinha um cara que perguntava muito e se fazia de inteligente, o que ele era realmente, eu pensei... esse cara pode me ajudar vou pedir ajuda pra ele, então no final da aula... cheguei nele e perguntei, com meu inglês excelente, “hi, can u help me learn english maybe i go to your house and you help me” a resposta dele foi bem seca, FUCK YOU I NOT TEACHER TO HELP U GET THE HELL OUT OF HERE!! Bom isso tudo eu entendi tão claramente, pensei, caralho achei que as pessoas eram mais receptivas. Que ingenuidade.
Por sorte, eu não sabia, mas tinha um brasileiro na sala, e ele chegou e falou pra mim, cara o que você está fazendo, ninguém ajuda ninguém aqui não, bora, deixa eu ver qual que é a sua próxima aula... eu nem lembro qual era, mas só sei uma coisa, aquela escola era imensa... muito grande mesmo tinha 6 mil alunos.
Então perambulei por lá por mais 6 meses até que acabou o 3º ano, o Junior Year lá e voltei para o Brasil.
Mas antes de concluir esse capítulo tem duas conclusões que tenho que dizer que tirei de lá:
Eu tenho que explicar como eram os grupos sociais que existiam lá, o que me impressionava, etc.
Ali percebi muitas coisas, uma delas era a xenofobia que existia entre os estudantes, ninguém se misturava, eram muito preconceituosos, racistas e principalmente em relação à etnia. Haviam vários grupos de estudantes e ninguém se misturava, pelo contrário era uma constante guerra e brigas de gangues que eram separadas por países. Tinham poloneses, tibetanos, Latinos americanos, exclui-se desse grupo os brasileiros e mexicanos, Albaneses, chineses, indoneses, italianos, alemães, negros americanos e brancos americanos, que eram raro de saber.
Na verdade os americanos não eram raros, mas todos eles descendiam de alguma raça e acabavam sendo estereotipados de algum país. A não posso esquecer dos JEW (o que eu mais ouvia I hate Jews) que são os judeus. E nessa incrível diversidade de nações, havia um conflito ainda maior o econômico, essa região que eu morava tinham pessoas muito ricas e muitos imigrantes que iniciavam sua vida ali, então era simplesmente uma grande zorra!! A direção da escola estava simplesmente transtornada. Bom então eu tentava sobreviver nesse ambiente hostil. Eu não curtia muito os brasileiros, mas os suportavam porque sem eles, meu eu tava lascado. Fiz amizades também com os tibetanos, digamos os africanos, eles eram tão gentis, era impressionante, quando fazia aula de inglês com eles, era muito legal. Eu os ajudava muito porque meu desempenho em relação a eles era muito maior, muito deles viam, e não sabiam ler nem escrever, era realmente difícil para eles se alfabetizarem em uma língua estrangeira, ajudei eles bastante.
Além de estudar eu arrumei um emprego onde a maioria dos brasileiros que estudavam comigo trabalhava, então fui trabalhar na Dominu’s Pizza, foi uma experiência formidável, eu trabalhava com os brasileiros e Indianos, era uma loucura. A cidade onde eu trabalhava era como Goiânia e Aparecida de Goiânia, bem colada, de onde eu morava, eu morava em Standford, CT a cidade que eu trabalhava era em Greenwish, CT, se alguém tiver dúvida a respeito da localização procura no google earth é bem legal. Bom a cidade de Greenwish era a 2º cidade mais rica dos eua, só perdia para Holywood, huahauha, meu você não entende, uma pizza na lá custava 40 dolares....
Eu comia todo dia de gratis huhuh, e era horrível ela.. ahuhauah mas o que mais me impressionara era outra coisa, lá não se via carros sedan grandes como se ve muito em filmes, o que se via mesmo eram mercedes, audi, ferrari, lanbourguine, masserati, mustang, corvetes, e porshe muitos mesmo. Aquilo me deixava louco muito massa aquelas máquinas... fora as mansões, jesuis cristim! Foram 6 meses intensos, super- interessante.
Depois disso, eu aprendi inglês, voltei pro Brasil e em setembro mais ou menos voltei para lá iria começar uma nova vida, não iria viver mais em Stanford. Iriamos viver na cidade onde minha mãe estudava, Providence, RI(Rhode Island). Na próxima postagem vou mencionar como era dificil a vida da minha mãe.

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