segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uma fuga desesperada

Vira e mexe aparece uma fraze que me faz refletir sobre a vida a última foi:

“Ao invés de viver duas vidas pela metade... viva uma vida por inteiro”.

Então depois de assistir duas vezes a esse filme que um dos personagens cita essa fraze, pensei a respeito, olhei ao passado e percebi que talvez eu não esteja vivendo uma vida apenas, mas esteja talvez tomando caminhos tão diferentes que no final estou com medo... “o que isso vai virar”, sei de muitas coisas, mas, de todas as coisas sei um pouco de cada.
Antes de tudo quero explicar as decisões da minha vida. A primeira decisão da minha vida, que embora tenha sido “uma fuga desesperada” mudou bastante o rumo dela e creio que sem essa decisão, não teria obtido grandes vitórias que hoje me orgulho.
Então começarei com ela.

Primeira postagem:
Uma fuga desesperada

Me encontrava sem rumo, então pensei na fuga, mas antes quero explicar o passado.

Minha família a cerca de um ano havia se desestruturado, separação, etc, muita briga, mascaras e mais mascaras caíram da face de entes que tanto amava. Pra mim aquilo era um tremendo choque. Vi dali atitudes que jamais esperava sair de pessoas que eram exemplos, nas quais me deixaram loucos, um querendo passar a rasteira no outro, em fim, a pior de todas foi eu de vítima em um momento em que minha mãe liga dos EUA e avisa seu ex marido que estava nos EUA com a minha irmã, apesar de eu saber de tudo, não sabia o que fazer, de um lado dizia não conte ao seu pai, se não jamais vai funcionar, e meu sonho vai desabar “Felipe”, do outro após a notícia “como você pode fazer isso com seu pai” bom mas isso passou, então, o restante, eu e meu pai superamos essa faze e criamos um vínculo de amizade hehe.
Viajamos para Bahia passamos dias juntos conversando e eu conhecia o lado sem vergonha do meu pai que realmente justificava a separação dos dois, bom, até ai tudo bem, fazer o que. Mas esse foi a primeira vez que realmente conheci meu pai, jamais tinha me aproximado de tal forma com ele, foi bom, a viagem foi boa, voltamos e ai a parte difícil começou, conhecer meu pai me parecia legal, agora ser educado pela forma dele não entrava pela garganta, ele nunca tinha se quer feito esse papel, então foi um processo bastante duro, ele é do tipo pavio curto, impaciente, e exigente.
Bom, disso tudo resultou em duas coisas legais, ter viciado em counter-strike, no que provocou outras mudanças, e segundo, ter após um tempo culminado na minha fuga desesperada.
A parte do CS pros viciados, é que, eu me tornei digamos uma pessoa popular por conta de uma idéia brilhante, criei a “Comunidade Goiana de Counter-Strike” #CSgyn no ápice do mIRC BRASnet. Me tornei popular entre essa galera, freqüentava lan-houses simplesmente chegava nos donos da lan-house e dizia veja bem me deixa jogar de graça que eu loto sua lan-house, no começo eles não acreditavam até que um dia levei 60 pessoas pro “Ircontro” em uma lanhouse aqui em goiânia, o mais legal, era freqüentar a sala vip na XISS (nem lembro como escreve isso), pó pra época, início de segunda metade de 2002, essa sala tinha projetor de vídeo, monitores com lcd de 17 polegadas, era animal.
Nesse mundo alternativo fiz muitas amizades conheci muitas pessoas, fiz bastante contatos, fui muito bajulado. Tive uma experiência de liderança muito interessante. A parte boa é que conheci uma galera super animal, excelentes amigos, e que até hoje fazem parte da minha vida e do graças a deus de terem os conhecido.
Então, eu me ocupava praticamente o tempo todo com esse canal de mIRC, era bem legal, mas me esquecia de outros detalhes, que eu estava no Dinâmico, estudando no primeiro e ano. E minhas notas como reflexo da dedicação nos estudos estavam bastante baixas, caramba e quanto mais passava o tempo mais complicado era para recuperar, então chegou um momento que desisti realmente.
Do outro lado, eu e meu pai não nos suportávamos, era complicado, ele tinha razão, mas eu o culpava pela separação e não assumia nada dos meus compromissos com os estudos. Morava eu meu avô e minha avó, meu pai viajava frequentemente então eu aproveitava sua ausência e ia pra lan, afinal nem grana eu precisava, jogava de graça o tempo todo. Hauhauahauh :D.
Daí não é muito difícil de adivinhar, em novembro aproximadamente já nem tinha chances de passar o primeiro ano então, simplesmente parei de ir pra aula. Kkkkkkk... faltava frequentemente, ficava durmindo e sofrendo com a ausência da minha mãe, irmã.
Bom meu pai então com seu jeito grosseiro de ser quis demonstrar como seria minha vida sem estudos, me trouxe pra fazenda e disse, “agora você vai ralar ai e ver como é viver na ausência do conhecimento.” Pô, a sua bondade era tão grande que ao invés de me por pra ralar, me ensinou a dirigir, meu serviço era ajudar em desamarrar os sacos de adubo, e buscar comida pros peões, caramba, a única coisa ruim era que o adubo corroia muito os dedos e machucava minha mão, mas sei depois de um tempo criei aquela casca protetora, em fim foi interessante. Bom depois de dias e dias de chuva, insistência no plantio finalizamos ele em 35 dias eu acho... hoje em dia ele é feito em 20, ou até menos kkkk.
Depois disso, tivemos algumas brigas, nem lembro por qual motivo, mas no final o que vocês já imaginavam vazei pra morar com minha mãe, lá eu sabia que a escola poderia me adiantar e eu terminaria o segundo grau bem mais rápido que aqui no Brasil, e nem ia precisar esforçar tanto como aqui.
Então lá foi o Felipe pros EUA no inverno.

2 comentários:

Lobato disse...

E Felipe, depois de tanta adversidade conseguir fazer o que você anda fazendo é uma vitória. Parabéns!

MarceloMF disse...

GOGOGO Felipe, do CS Goiano aos EUA (carreira internacional ?) veremos ;) heuaheiuahuei xD